Como você avalia o posicionamento do seu escritório no mercado jurídico brasileiro?
Embora seja um escritório “jovem” (completaremos 11 anos de existência em agosto deste ano) se comparado a outros escritórios brasileiros que atuam no mercado jurídico corporativo, acreditamos que o Stocche Forbes é reconhecido hoje como um dos principais escritórios de advocacia corporativa do Brasil, com uma sólida reputação e que oferece serviços jurídicos de excelência, nas diversas áreas do direito em que atua.
Temos o compromisso com a excelência e qualidade dos serviços prestados e contamos com uma equipe de advogados altamente qualificados e experientes, sempre atualizados com as mudanças legislativas e as tendências do mercado.
Acreditamos que esse papel protagonista que temos hoje se deve a diversos aspectos, mas principalmente a nossa cultura de coletividade e de trabalho num ambiente diverso e inclusivo, tendo buscado desde o início oferecer soluções jurídicas personalizadas e eficientes para nossos clientes e parceiros, entendendo suas necessidades e objetivos específicos. Isso tudo, sempre valorizando a ética profissional e a transparência nas nossas relações com todos os colaboradores e stakeholders.
Na sua avaliação, quais são as perspectivas para o mercado jurídico?
A nosso ver, o mercado jurídico no Brasil apresenta perspectivas promissoras, ainda que no ano de 2022 e no primeiro semestre deste ano tenha havido um cenário mais desafiador e de baixo crescimento econômico mundial.
Com as perspectivas de uma inflação mais controlada, um provável início de ciclo de queda de juros e um potencial crescimento das atividades econômicas no País, há boas chances de termos um segundo semestre e um ano de 2024 com um aumento da demanda por serviços jurídicos corporativos, especialmente nas áreas de mercado de capitais, fusões e aquisições e tributária (até por conta de toda a discussão sobre a reforma tributária que temos tido), tendo em vista toda a demanda represada dos últimos meses.
Uma melhora no cenário internacional, com perspectiva de estabilização (ou mesmo queda) da taxa de juros nos EUA e possível retomada do crescimento econômico na China, por exemplo, também deve ajudar os aspectos macroeconômicos no Brasil.
Como descreveria as particularidades da sua gestão à frente do escritório?
Na realidade, a própria gestão do Stocche Forbes já tem suas particularidades. Diferentemente de termos apenas uma pessoa como sócio gestor, temos um comitê executivo que tem essa função de gerenciamento. Esse comitê é composto por André Stocche, Guilherme Forbes e Henrique Filizzola. Assim, conseguimos dividir melhor a dedicação dos três para essa gestão, sem jamais deixar de lado a continuidade da prática de cada um, que continuam mantendo os relacionamentos com clientes e trabalhando nas operações.
Além disso, acreditamos que essa gestão mais plural acaba trazendo ao Stocche Forbes benefícios importantes, com discussões mais amplas sobre as estratégias do escritório, com diferentes opiniões sendo consideradas. Até por isso, acreditamos que temos uma gestão muito mais eficiente.
Além disso tudo, temos sempre observado a tecnologia que está transformando a forma como os serviços jurídicos são prestados. A automação de processos e o uso de inteligência artificial mostram como a tecnologia está impactando o mercado jurídico como um todo. Consideramos isso também na nossa gestão, pois acreditamos que profissionais que se adaptarem a essas mudanças e souberem utilizar as ferramentas tecnológicas a seu favor terão vantagem competitiva, especialmente com a concorrência acirrada.
Vocês são um escritório líder no ranking de DCM da Leaders League. Como o cenário econômico atual tem interferido na atuação do escritório nesta prática?
Somos líderes não só em operações de DCM, mas também em operações de ECM. Ainda que de certa forma distinta, o cenário econômico atual tem impactado negativamente nesses dois tipos de operações de captação de recursos. Com os juros elevados e toda a questão de restrição de crédito por conta dos problemas com grandes varejistas no início do ano, as empresas ou não conseguem acesso a crédito/investimentos ou, se conseguem, esse dinheiro custa muito caro.
As empresas que não precisam se capitalizar neste momento (seja via dívida, seja via equity), têm aguardado, portanto, uma melhor do cenário econômico e uma possível diminuição do custo do capital para seguirem com seus projetos. Desse modo, em sua grande maioria, as captações de recursos que acabaram indo a mercado no primeiro semestre de 2023 são estruturadas por aquelas sociedades que realmente precisam dos recursos agora. Assim, o impacto é visível, tendo ocorrido uma diminuição considerável no número de operações de DCM e ECM realizadas nos últimos meses.
De todo modo, mais recentemente, temos notado a volta de um apetite de investidores por alguns títulos de dívida no mercado de securitização (CRAs, especialmente) e fundos de investimento (FIAGROs, especialmente), além de uma retomada mais recente de operações envolvendo CRIs e Fundos Imobiliários. Há também um crescente número de operações envolvendo debêntures verdes (green bonds), que trazem um apelo ESG e são bem vistas pelo mercado. Até mesmo um certo aquecimento no mercado de equity está sendo percebido e esperamos que as operações voltem a crescer nos próximos meses, oferecendo boas oportunidades tanto para as empresas que buscam financiamento quanto para os investidores que buscam diversificar suas carteiras.
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