Após estudo realizado e publicado pelo Instituto DataSenado, constatou-se que o perfil mais comum entre os usuários de aplicativos de apostas esportivas no Brasil é composto por homens de até 39 anos, com ensino médio completo.
Segundo o relatório Panorama Político 2024: apostas esportivas, golpes digitais e endividamento, divulgado no início de outubro, aproximadamente 22,13 milhões de pessoas (cerca de 13% da população brasileira com 16 anos ou mais) afirmaram ter utilizado esses aplicativos nos últimos 30 dias.
Os efeitos do fenômeno despertam a preocupação do governo, também ensejando proposições no Senado, que busca moderar as apostas para grupos em situação de vulnerabilidade e restringir a publicidade das empresas das bets através de Projetos de Lei apresentados.
Como demais medidas governamentais, foi anunciado ao final de setembro o bloqueio ao acesso a pelo menos 500 plataformas de apostas cujas operações estejam em desacordo com a regulamentação.
Outro aspecto alarmante para a tomada de providências foi a divulgação dos valores gastos por cidadãos assistidos pelo Bolsa Família nos aplicativos, advinda do Banco Central. Por meio de nota técnica, o BACEN informou o gasto de ao menos R$ 3 bilhões por beneficiários do programa.
Dentre as diversas propostas mais recentes apresentadas ao Senado, está o PL 3.405/2023, apresentado pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), visando a proibição da participação de celebridades na publicidade de apostas em eventos esportivos.