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Disputas

FILASA: 'Hoje, o grau de complexidade das perícias é imenso', diz painelista

O painel "Desafios e Complexidades da Perícia Contábil na Solução de Conflitos", mediado pelo diretor da PP&C Leonardo dos Santos, contou com a presença da ex-presidente do CAM-CCBC e founding partner do Eleonora Coelho Advogados, Eleonora Coelho, e do sócio fundador e expert contábil da PP&C, Camillo Pachikoski, que apresentaram as principais mudanças ocasionadas pelo desenvolvimento da arbitragem no Brasil

A 5ª edição do Finance & Law Summit and Awards (FILASA) recebeu o painel “Desafios e Complexidades da Perícia Contábil na Solução de Conflitos”, mediado por Leonardo dos Santos, diretor da PP&C Auditores Independentes, e que contou com a presença da ex-presidente do CAM-CCBC e founding partner do Eleonora Coelho Advogados, Eleonora Coelho, e do sócio fundador e expert contábil da PP&C, Camillo Pachikoski.

O painel contou com um debate em volta das mudanças que a Perícia contábil teve nos últimos anos, principalmente após o desenvolvimento da arbitragem no Brasil.

“As perícias estavam restritas a perícias judiciais, onde o juiz nomeava um perito de sua confiança, que fazia o trabalho praticamente sozinho e depois era sujeito à crítica do assistente técnico. Essa mudança, principalmente, após o desenvolvimento da arbitragem no Brasil, trouxe para o mundo da perícia um universo muito mais complexo, passando do trabalho do perito anterior, que era acessório, para hoje ter uma complexidade e uma estruturação de grandes escritórios para atender às novas demandas oriundas dessas necessidades, obrigando os escritórios a ter uma gama de profissionais com diversas expertises. Hoje, o grau de complexidade das perícias é imenso; não se restringe apenas ao universo contábil, mas inclui questões muito complexas. Uma mesma perícia pode envolver diversas frentes e desafios”, explicou Pachikoski.

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Na sequência, Coelho trouxe um pouco de sua experiência profissional, tendo atuado em arbitragens há 30 anos e anteriormente na frente de contencioso cível, apontando as primeiras mudanças observadas ao longo dos anos por conta de uma maior complexidade que as arbitragens trouxeram para as perícias. A advogada também relatou como atua como árbitra em diferentes perícias e arbitragens, e como essas mudanças foram impactando.

“Como árbitra, primeiro faço uma audiência prévia para falar sobre como vamos conduzir a perícia da forma mais eficiente possível, porque na Lei de Arbitragem não está definido como a perícia deve ser conduzida. É muito importante ter essa reunião prévia para definir como será tratada. Definimos como será feita a apuração, quais profissionais estarão presentes, algo que não era feito anteriormente. Outra técnica que tem sido utilizada é o Termo de Referência/Perícia. Pedimos para que as partes preparem uma minuta com o prazo, como serão as reuniões, como os documentos serão disponibilizados. Tudo isso é para saber como será feito e para uma questão jurídica, para que depois ninguém diga que algo não foi mencionado”, relatou a jurista.