A palestra “Asset recovery hit topics: Mexico, Latin America and the Caribbean in focus”, realizada na Conferência Anual IBA 2024, discutiu os desafios e estratégias para a recuperação de ativos na região. Pedro Serrano Espelta, representante regional Latin America do Comitê de Asset Tracing do IBA, liderou o debate, com a participação de Rodrigo Callejas, sócio do Carrillo & Asociados; Katie Pearson, fundadora da Claritas, escritório de advocacia nas Ilhas Cayman especializado em insolvência; e Joana Rego, fundadora do escritório britânico . Um caso prático envolvendo a empresa Agave, de Tito Jr. e Santiago, mostrou as dificuldades desses processos.
Rodrigo Callejas explicou que Honduras não é o melhor lugar para manter sigilo em ações judiciais, mas é útil para conseguir informações. “Honduras é boa para obter inteligência e acesso a registros, mas não para começar ações legais. Podemos usar ferramentas dos EUA, como a 1782, para conseguir dados bancários importantes e usar isso em processos no México”, disse ele.
Luis Palomino, fundador do Palomino, Flores, Hernandez Abogados, destacou os problemas das pequenas empresas no México. “No México, 95% das empresas são pequenas e muitas operam na informalidade, usando dinheiro vivo. Isso cria dificuldades quando as autoridades apreendem bens e as empresas não conseguem provar que possuem grandes somas de dinheiro”, explicou ele.
A palestra deixou claro que a recuperação de ativos na região exige criatividade e uma abordagem estratégica, já que cada país tem suas próprias particularidades e desafios legais.
