Como você avalia o posicionamento do seu escritório no mercado jurídico brasileiro?
Acabamos de completar 75 anos de existência. Esta é uma marca muito difícil de ser alcançada no Brasil, especialmente no setor de serviços. Acredito que se temos algum mérito, este consiste em termos sempre buscado a inovação e nos adaptar a realidade e oportunidades de cada época, sem alterar os nossos princípios institucionais de ética, seriedade, compromisso com o cliente, compromisso permanente com a diversidade e com a advocacia pro bono e qualidade dos serviços que prestamos. Estamos presentes em todo o Brasil e atuamos em todas as áreas do Direito. Essa singularidade nos dá algumas vantagens competitivas, mas também representa um enorme e diário desafio institucional de linearidade na qualidade dos serviços da SCA em regiões e estados tão diferentes entre si. Acredito que o mercado nos enxerga como um player empresarialmente agressivo, que congrega alguns dos melhores advogados do Brasil em suas respectivas áreas de atuação e um escritório que sempre trata seus colegas de outros escritórios com todo o respeito e fidalguia que devem sempre presidir as relações entre colegas de profissão.
Na sua avaliação, quais são as perspectivas para o mercado jurídico?
O mundo está passando por enormes transformações e isso se reflete diretamente no mercado advocatício. Ser maleável/adaptável, estar atento às mudanças e às necessidades dos clientes são, na nossa visão, as chaves para a longevidade sadia da nossa empresa. Independentemente do que ocorra no futuro, sempre haverá mercado para profissionais sérios, éticos e competentes. Anos melhores e anos piores fazem parte dos ciclos de mercado. O que nos mantém sempre muito esperançosos é o ambiente interno da firma. Eu não tenho sócios no Escritório. Eu tenho amigos e amigas pelos quais possuo grande admiração pessoal e profissional. Este excelente ambiente de trabalho é o que permite navegarmos com segurança em qualquer cenário econômico. Para os nossos sócios e colaboradores, a SCA não é apenas um projeto empresarial. É um propósito de vida para todos nós. Isso faz toda a diferença.
Como descreveria as particularidades da sua gestão à frente do escritório?
Eu comecei no escritório no primeiro ano da faculdade de Direito. Eu tinha 17 anos. 30 anos se passaram e continuo com a mesma “fome” por novos desafios e com a mesma postura de “um eterno aprendiz”. Quem achar que sabe tudo, ainda mais atualmente, está correndo sérios riscos. Sou uma pessoa simples, objetiva e direta. Me comunico diariamente com todos os setores do escritório e com todos os níveis de profissionais. Acredito em uma gestão baseada no exemplo que damos à nossa equipe e na qual o sócio gestor tenha um profundo conhecimento do “chão de fábrica”. Possuo uma equipe administrativa espetacular e me envolvo em todos os assuntos. Ficar “encastelado” em sua sala é a receita para se perder a confiança dos seus pares e colaboradores. O time precisa ver e estar com o seu comandante diariamente. Saber que o seu comandante está com eles nos bons e nos maus momentos. Acima de tudo, peço sempre a proteção de Deus para que as decisões que temos que tomar sejam as mais justas, sempre no interesse da nossa coletividade e com uma implementação perfeita. Internamente dizemos que a estratégia deve ser pensada pelo tempo que for necessário, mas a implementação da mesma deve ser rápida e precisa como um raio.
4- O SiqueiraCastro é um escritório líder em Direito de Energia Elétrica segundo o ranking da Leaders League. Como avalia o cenário para o setor nos próximos períodos?
Além das áreas tradicionais do Direito, a SCA busca se estruturar em equipes verticais de negócio, como é o exemplo bem-sucedido da área de Energia. Esse segmento ganhará ainda mais evidência nos próximos anos sobretudo pela necessidade de adoção de políticas ESG, pela definição regulatória e escolhas relacionadas as matrizes energéticas incentivadas. Continuamos nos fortalecendo na área de energia para bem atender aos nossos diversos clientes deste segmento tão importante em nossas vidas e em nossa economia.
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