O Grupo Edson Queiroz tem marcas de diferentes áreas de atuação, como o Sistema Verdes Mares, de Comunicação; a distribuidora Nacional Gás; e a Minalba, de água mineral. Quais são os principais desafios para o departamento financeiro na gestão de estruturas tão distintas?
A gestão financeira de um conglomerado com marcas em áreas tão diversas quanto as do Grupo Edson Queiroz apresenta desafios únicos. Entre eles, destaca-se a diversificação de receitas e custos, já que cada negócio opera com uma estrutura própria. Além disso, questões de regulação e compliance exigem atenção redobrada, pois cada setor é regido por normativas específicas. Outro ponto fundamental é o planejamento e orçamento, uma vez que alinhar as finanças de múltiplas áreas pode ser complexo. A gestão de riscos também se diferencia conforme o setor, assim como a integração de sistemas, fundamental para garantir uma comunicação eficiente e a consolidação precisa dos dados.
A análise financeira e a geração de relatórios adaptados para cada segmento são essenciais, assim como a gestão da tesouraria e da liquidez, que precisam assegurar que todas as marcas tenham os recursos necessários para operar com eficiência. Por fim, as decisões de investimento e expansão devem levar em consideração a viabilidade e o retorno esperado em cada área de atuação. Superar esses desafios demanda uma abordagem estratégica e profunda compreensão das operações de cada marca, além de fortes habilidades em análise financeira e gestão.
A sustentabilidade é um tema importante no setor de água mineral. Pensando na marca Minalba, como a empresa equilibra a necessidade de investimentos em práticas sustentáveis com a gestão financeira?
A Minalba Brasil adota uma estratégia que equilibra sustentabilidade e gestão financeira, integrando práticas ambientais responsáveis em suas operações e processos. A empresa investe em diversas iniciativas sustentáveis, como a certificação de suas fábricas com padrões de qualidade e ambientais, sendo pioneira ao lançar a primeira água em lata no Brasil, além de estabelecer parcerias para logística reversa.
A Minalba Brasil tem seguido uma trajetória ESG bem-sucedida, demonstrando que é possível alinhar sustentabilidade com uma gestão financeira saudável, o que contribui para resultados altamente satisfatórios.
De que forma a tecnologia está sendo utilizada pela área financeira da companhia para melhorar processos, prever cenários econômicos e apoiar a tomada de decisão?
A área financeira do Grupo Edson Queiroz (GEQ) tem aproveitado a tecnologia para modernizar seus processos e tomar decisões baseadas em dados. Um marco desse avanço foi o início da implementação do SAP S/4HANA, que oferece uma visão centralizada e analítica de todas as operações financeiras da Holding. Essa solução permite uma gestão de recursos mais eficiente, otimização de processos e aumento da produtividade, além de trazer maior precisão e agilidade nas negociações. Outro projeto estratégico é o investimento na sanitização e padronização da base de dados atual, criando uma fundação robusta para o uso de tecnologias preditivas de inteligência artificial.
Como grupo multissetorial, a implementação do novo sistema facilita a integração e padronização das operações nas diferentes unidades de negócios, oferecendo uma base sólida para a tomada de decisões informadas e estratégicas. Com acesso em tempo real a informações de apoio aos negócios, a empresa conta com uma camada de visualização intuitiva e colaborativa, essencial para prever cenários econômicos e se adaptar rapidamente às mudanças de mercado. Essa capacidade analítica avançada não apenas permite responder a desafios, mas também antecipar tendências e oportunidades, tornando o processo decisório mais assertivo.
A evolução tecnológica da área financeira do GEQ possibilita uma adaptação contínua dos processos sem comprometer a estabilidade operacional. A harmonização de processos complexos em diversas unidades e regiões, aliada a uma governança sólida e uma estrutura tecnológica avançada, posiciona o grupo de forma estratégica para enfrentar desafios econômicos e maximizar a eficiência financeira a longo prazo.
Como fatores externos, como variações cambiais, inflação de insumos e custos de logística, impactam a gestão financeira da companhia?
Para gerenciar esses impactos, o GEQ adota uma série de estratégias: hedging cambial, em que são utilizados instrumentos financeiros para proteger-se contra oscilações cambiais; revisão de fornecedores e contratos, em que são renegociados os contratos com parceiros para mitigar aumentos de custos e explorar alternativas mais econômicas; ajuste de preços, ajustando o valor dos produtos e serviços para refletir a alta nos custos, sem perder a competitividade; eficiência operacional, em que investimos em tecnologia e processos para otimizar a logística e reduzir despesas; e planejamento e previsão, implementando um planejamento financeiro robusto para prever e gerenciar os efeitos de variações cambiais, inflação e custos logísticos. Ao monitorar constantemente esses fatores externos e ajustar suas estratégias conforme necessário, conseguimos minimizar impactos negativos e assegurar a estabilidade financeira.
E quais os impactos esperados da reforma tributária nos negócios do Grupo Edson Queiroz?
A reforma tributária pode ter uma série de impactos nos negócios do GEQ, que opera em setores variados como comunicação, energia, linha branca e água mineral. Os impactos esperados dependerão das especificidades da reforma. Para minimizar impactos negativos e aproveitar oportunidades, a holding monitora de perto o tema. Avaliamos como as mudanças específicas afetam cada unidade de negócio e ajustamos suas estratégias financeiras e operacionais conforme necessário.
